O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento que confirmou a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, condenado a 8 anos e 6 meses por corrupção no âmbito da Operação Lava Jato. O ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, determinou o início do cumprimento da pena, argumentando que não há mais recursos pendentes e que os pedidos da defesa tinham caráter procrastinatório. A votação, suspensa anteriormente a pedido de outro ministro, foi retomada após a maioria dos membros da corte se manifestar a favor da manutenção da prisão em sessão virtual.
Em maio de 2023, a condenação foi consolidada após a comprovação de recebimento de propinas no valor de R$ 20 milhões de uma empresa de engenharia, em troca de favorecimento em contratos públicos entre 2010 e 2014. A Procuradoria-Geral da República apresentou provas que sustentaram a decisão do STF, enquanto a defesa teve diversos recursos negados ao longo do processo. O ex-presidente cumpre pena em uma ala especial de um presídio em Maceió, após pedidos de transferência para o regime domiciliar serem rejeitados.
Recentemente, a defesa tentou novamente mudar o regime de cumprimento de pena, alegando problemas de saúde, mas o próprio réu negou ter condições que justificassem a medida durante uma audiência. O caso segue sob acompanhamento do STF, sem previsão de novos recursos que possam alterar a decisão. A reportagem foi produzida com base em informações oficiais e processos judiciais disponíveis.