A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta sexta-feira (25) o julgamento de uma manifestante acusada de participar dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. O caso, que ocorre em plenário virtual, havia sido suspenso em março após pedido de vista de um dos ministros. A ré pode enfrentar pena de até 14 anos de prisão, dependendo do desfecho do julgamento, que deve ser concluído até 6 de maio.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) atribui à acusada crimes como associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Até o momento, dois ministros votaram pela condenação, enquanto outros três ainda devem se manifestar. Um deles já sinalizou que pode propor uma pena menor, considerando os 14 anos excessivos para o caso.
O julgamento é parte de uma série de processos contra envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, com o STF adotando postura rigorosa contra atos considerados ameaças à democracia. A defesa argumenta que a participação da ré foi limitada, mas a Corte tem mantido firmeza em suas decisões. O caso também reflete o debate em torno da anistia aos acusados, tema que divide o Congresso e a opinião pública.