O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu manter a prisão preventiva do hacker Walter Delgatti Neto, acusado de tentar invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2022 para forjar um mandado de prisão. A defesa havia solicitado a substituição da prisão por medidas cautelares, argumentando que os crimes foram cometidos sem violência e não havia novos fatos que justificassem a manutenção da detenção. O réu está preso desde novembro de 2023.
A Primeira Turma do STF marcou o julgamento do caso para ocorrer no plenário virtual entre 9 e 16 de maio, onde os ministros depositarão seus votos sem debate. Os acusados respondem por crimes de invasão de sistema informático e falsidade ideológica, com risco de cassação do mandato de um dos envolvidos. A defesa de um dos réus pediu que o julgamento fosse realizado presencialmente, alegando que a modalidade virtual prejudicaria a sustentação oral e o acompanhamento dos debates.
O caso envolve a suposta tentativa de inserir mandados de prisão falsos no sistema do Judiciário, com alegações de pagamento para a invasão. Em depoimentos anteriores, o hacker afirmou que um político teria solicitado o ataque, mas a acusação foi negada. Paralelamente, um tribunal eleitoral já cassou o mandato de um dos envolvidos por abuso de poder político e disseminação de notícias falsas durante as eleições de 2022, com possibilidade de recurso. O processo continua em andamento, com decisões pendentes no STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).