O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 6 votos a 3, manter a prisão de um ex-presidente condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em um caso ligado à Operação Lava Jato. A maioria dos ministros considerou que os recursos apresentados pela defesa eram protelatórios, enquanto a minoria argumentou que o direito à ampla defesa não havia sido esgotado. O julgamento, que termina às 23h59 desta segunda-feira (28), aguarda apenas o voto de um ministro para ser concluído.
Enquanto isso, a defesa do ex-presidente solicitou a conversão da prisão para domiciliar, alegando graves comorbidades, incluindo Parkinson, apneia do sono e transtorno bipolar. Laudos médicos foram apresentados ao STF, e a Procuradoria-Geral da República ainda deve se manifestar sobre o pedido. Ministros sinalizaram que a análise desse pedido pode ocorrer após a decisão sobre a manutenção da prisão.
O caso remonta a uma condenação de 2023, que envolveu o recebimento de propina em contratos com a BR Distribuidora. O ex-presidente foi preso na sexta-feira (25) após a rejeição de seus recursos, mas sua defesa sustenta que seu estado de saúde exige tratamento especializado, inviável no regime prisional comum. O STF segue avaliando os desdobramentos do processo, que tem atraído atenção pela relevância jurídica e política.