O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 6 votos a 4, manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor, condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção e lavagem de dinheiro em um caso ligado à Lava Jato. A maioria dos ministros considerou que os recursos apresentados pela defesa eram protelatórios, enquanto a minoria argumentou que eles faziam parte do direito à ampla defesa. O julgamento, inicialmente suspenso, foi retomado no plenário virtual após um pedido de análise presencial ser cancelado.
A defesa do ex-presidente solicitou a conversão da prisão para domiciliar, alegando graves comorbidades, incluindo doença de Parkinson, apneia do sono e transtorno bipolar. Dois laudos médicos foram apresentados ao STF, destacando a necessidade de tratamento contínuo e ambiente controlado. O pedido aguarda parecer da Procuradoria-Geral da República, enquanto o ex-presidente permanece detido em Maceió.
O caso remonta a uma condenação em 2023, confirmada após a rejeição de recursos pela corte. Os ministros destacaram a importância de um desfecho rápido, dada a relevância do julgamento. A discussão sobre a prisão domiciliar pode ser retomada posteriormente, dependendo da avaliação dos laudos e do quadro de saúde do ex-presidente.