O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta terça-feira (15) para rejeitar o afastamento de três ministros e do procurador-geral da República do julgamento sobre alegações de interferência política. A decisão ocorreu em resposta a um recurso da defesa de um dos acusados, que alegava impedimento dos magistrados. O presidente do STF e outros cinco ministros já haviam se manifestado contra a remoção, seguindo o entendimento de que não há motivos para afastamento. A única divergência partiu de um ministro, que considerou haver possível conflito de interesses em um dos casos.
O julgamento envolve um grupo de acusados, incluindo ex-assessores e autoridades, que serão processados nos dias 22 e 23 de abril pela Primeira Turma do STF. Eles são investigados por supostamente atuar para manter um governo no poder de forma irregular em 2022. Este é o segundo núcleo a ser julgado, após a condenação unânime de outro grupo no mês passado, que incluiu um ex-presidente e sete outros réus.
O caso segue em andamento, com três denúncias ainda pendentes de análise. A decisão desta terça reforça a continuidade do processo sem alterações na composição do colegiado responsável pelo julgamento. O STF mantém o ritmo das investigações, que têm sido acompanhadas de perto devido às implicações políticas e institucionais.