O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou os recursos apresentados pela defesa e manteve a condenação de um ex-presidente a 8 anos e 10 meses de prisão por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A decisão, tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, determina o início imediato do cumprimento da pena, com a ordem de prisão já em vigor. O plenário virtual do STF irá revisar a decisão nesta sexta-feira (25), mas, até lá, a medida permanece válida.
O caso está relacionado a um dos desdobramentos da Operação Lava Jato, envolvendo suposto recebimento de propinas em contratos irregulares com uma subsidiária da Petrobras. A condenação foi definida após sete sessões de julgamento, com divergências entre os ministros sobre a pena inicialmente proposta. Enquanto o relator defendia uma sentença mais longa, a maioria optou pela pena menor, que agora segue para execução.
A decisão marca mais um capítulo no processo, que já havia sido confirmado pelo STF em novembro do ano passado, por seis votos a quatro. O valor das propinas, segundo o Ministério Público, ultrapassou R$ 29 milhões entre 2010 e 2014. Além do ex-presidente, outros envolvidos também foram condenados, reforçando o alcance das investigações.