A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por analisar a denúncia contra o ex-presidente e outros sete réus por suposta tentativa de golpe de Estado, manteve sua composição original antes do início do julgamento. Apesar da expectativa de que ministros indicados pelo ex-presidente pudessem solicitar mudança para a turma ou pedir vista do processo, nenhum deles fez tal movimento. Com a aposentadoria de uma ministra em 2023, a vaga foi ocupada posteriormente por outro nome, mantendo-se o grupo formado por magistrados indicados por diferentes governos.
A defesa do ex-presidente chegou a tentar impedir a participação de um dos ministros no caso, mas o plenário do STF decidiu que ele poderia atuar normalmente. O julgamento ocorrerá na Primeira Turma porque o relator do processo faz parte desse colegiado, seguindo regras aprovadas por unanimidade pelo próprio Supremo em 2023. Caso o relator deseje, o processo pode ser levado ao plenário, mas até o momento não houve sinalização nesse sentido.
O caso ganhou atenção pela possível estratégia de retardar a análise, mas a ausência de pedidos de vista ou mudança na composição da turma manteve o andamento normal do processo. A decisão reforça a autonomia do STF e demonstra que as regras internas foram seguidas sem interferências, mesmo em um caso de alto perfil político.