O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin informou ao presidente da Câmara dos Deputados que a ação penal contra um parlamentar não pode ser suspensa integralmente. Conforme o entendimento do ministro, a interrupção do processo só se aplicaria a crimes cometidos após a diplomação do deputado, como dano qualificado e deterioração de patrimônio protegido. O caso envolve uma investigação sobre supostos atos golpistas após as eleições de 2022, com outros oito réus, incluindo um ex-presidente da República.
A solicitação de suspensão, apresentada pelo Partido Liberal (PL), está sendo analisada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O STF destacou que a medida, se aprovada, beneficiaria apenas o parlamentar em questão e apenas para os crimes específicos cometidos após sua posse. O relator do processo na Câmara, deputado Alfredo Gaspar, terá papel decisivo no andamento do caso.
Além dos crimes mencionados, o parlamentar também responde por acusações mais graves, como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e participação em organização criminosa armada. A decisão do STF reforça a separação entre atos anteriores e posteriores à diplomação, mantendo a investigação sobre os demais envolvidos. O caso continua sob análise, com possíveis desdobramentos nos próximos dias.