A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta terça-feira (22) ao julgamento do segundo grupo de indivíduos acusados de participar de uma tentativa de golpe após as eleições de 2022. O colegiado analisará se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seis pessoas, incluindo ex-assessores de um governo anterior. O julgamento, que ocorrerá em três sessões, decidirá se os denunciados serão formalmente tornados réus.
Entre os pontos discutidos estão alegações de incompetência do STF para julgar o caso e suspeições contra alguns ministros. A defesa de um dos acusados argumentou que a geolocalização do cliente comprovaria sua não participação nos eventos. Além disso, críticas foram levantadas sobre delações premiadas que, segundo advogados, careceriam de provas concretas. O julgamento do primeiro grupo, concluído em março, já resultou na aceitação da denúncia contra outras figuras públicas.
O caso envolve alegações de planejamento de ações antidemocráticas, incluindo supostas interferências em eleições e elaboração de documentos que previam medidas extremas. Alguns dos acusados já cumpriram prisão preventiva durante as investigações. O STF mantém o foco em analisar as provas e argumentos apresentados, sem prejulgar os envolvidos, enquanto o processo segue seu curso legal.