A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar nesta terça-feira (22) o segundo grupo de investigados por suposta participação em ações antidemocráticas após as eleições de 2022. O colegiado, composto por cinco ministros, decidirá se aceita as denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seis indivíduos, incluindo ex-assessores do governo anterior. O julgamento está dividido em três sessões, com direito à apresentação de defesas antes da votação final.
Entre os pontos discutidos estão alegações de incompetência do STF para julgar o caso e pedidos de análise de provas, como geolocalização, para contestar as acusações. Um dos defensores envolvidos criticou o uso de delações sem comprovação, enquanto outros questionaram a imparcialidade de alguns ministros. O processo é parte de uma investigação mais ampla, dividida em cinco núcleos, sendo que o primeiro grupo, incluindo figuras de maior destaque, já foi julgado em março.
O caso envolve alegações de planejamento de medidas extremas, como interferência em eleições e supostos planos contra autoridades. Um dos investigados teria elaborado um documento com medidas radicais, enquanto outro é acusado de coordenar operações que poderiam ter afetado o comparecimento eleitoral. O julgamento ocorre em meio a debates sobre os limites da atuação institucional e a preservação da democracia.