O ministro do STF Alexandre de Moraes concedeu um prazo de 30 dias para que as partes envolvidas no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, apresentem suas alegações finais. O prazo, originalmente de 15 dias, foi estendido devido à complexidade do processo, que envolve múltiplos fatos, diversos envolvidos e um grande volume de provas. A decisão atendeu a um pedido da PGR, que destacou a gravidade do caso.
Entre os réus estão figuras ligadas a grupos políticos e milicianos, que respondem por homicídio e organização criminosa. Todos negam participação no crime e estão presos por determinação do ministro. Nesta fase, acusação e defesa devem apresentar seus argumentos finais, cabendo à PGR pedir condenação ou absolvição, enquanto as defesas buscam comprovar inocência ou atenuantes. Após essa etapa, Moraes preparará seu relatório e voto, sem prazo definido, para então incluir o caso na pauta de julgamento da 1ª Turma do STF.
As investigações indicam que o crime estaria relacionado a disputas fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio de Janeiro, com motivação política. Um dos colaboradores da Justiça, réu confesso, apontou mandantes do assassinato, que já foram condenados em instâncias anteriores. O caso, que completa sete anos em 2025, aguarda agora a conclusão da fase processual no Supremo.