O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a prisão de um ex-presidente após negar um recurso da defesa que buscava revisar a condenação de 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A decisão foi tomada no âmbito da Operação Lava Jato, em que o ex-mandatário foi acusado de receber vantagens indevidas em contratos de uma subsidiária da Petrobras entre 2010 e 2014. O ministro considerou que os recursos apresentados tinham caráter protelatório, o que levou à decisão de executar a pena imediatamente.
O caso remonta a uma condenação em 2023, quando o STF reconheceu a participação do ex-presidente em esquemas de corrupção envolvendo indicações políticas para a BR Distribuidora. Segundo a denúncia, valores superiores a R$ 20 milhões teriam sido recebidos de forma irregular. A defesa ainda pode se manifestar, mas o ministro solicitou ao presidente do STF a convocação de uma sessão virtual para referendar a decisão, marcada para esta sexta-feira (25).
A decisão reforça o posicionamento do STF em casos de corrupção, destacando a inadmissibilidade de recursos considerados meramente dilatórios. O julgamento virtual deve consolidar a sentença, encerrando o processo em instância final. A defesa do ex-presidente foi contatada para se pronunciar, mas ainda não se manifestou publicamente sobre o desfecho.