O Supremo Tribunal Federal (STF) está analisando nesta sexta-feira (25) a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão de um ex-presidente, condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção e lavagem de dinheiro em um caso derivado da Operação Lava Jato. A sessão virtual ocorre até as 23h59, com a participação dos 11 ministros, mas a ordem de prisão já está em vigor, independentemente de eventuais pedidos de vista que possam adiar o julgamento. O ex-presidente, que já foi senador, afirmou por meio de sua defesa que irá se apresentar às autoridades, apesar de contestar a decisão.
O processo teve início em 2015, quando o ex-presidente foi denunciado por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro, envolvendo supostos repasses de propina ligados a contratos da BR Distribuidora. Ao longo do julgamento, algumas acusações foram descartadas ou consideradas prescritas, restando a condenação pelos crimes de corrupção e lavagem, com valores estimados em R$ 20 milhões. Testemunhos de delatores e a apreensão de bens de luxo, como carros esportivos, reforçaram as alegações de uso de empresas de fachada para ocultar recursos ilícitos.
A defesa do ex-presidente manifestou surpresa com a decisão monocrática de Moraes, argumentando que o recurso impetrado não tinha caráter protelatório e que questões como a prescrição deveriam ser analisadas pelo plenário. Apesar disso, reiterou o cumprimento da ordem judicial. O caso, que já se arrasta há quase uma década, agora aguarda a posição final do STF, que pode confirmar ou revogar a prisão, marcando mais um capítulo na história de processos de corrupção envolvendo figuras públicas no país.