O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou um prazo de 48 horas para que a defesa de um ex-presidente apresente informações sobre seu estado de saúde. A medida visa avaliar um pedido de prisão domiciliar, após a decisão de iniciar o cumprimento de uma condenação de 8 anos e 10 meses por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionados à Operação Lava Jato. A defesa alega que o ex-presidente, de 75 anos, possui comorbidades, incluindo Parkinson e apneia do sono grave.
O STF já havia formado maioria para manter a prisão, considerando que os recursos apresentados pela defesa eram protelatórios. O ex-presidente cumpre pena em uma ala especial de um presídio em Maceió, conforme determinado por sua condição de ex-chefe de Estado. O ministro também decretou sigilo sobre os documentos do caso, evitando vazamentos de informações sensíveis.
A condenação, definida em 2023, envolveu o recebimento de vantagens indevidas em contratos de uma subsidiária da Petrobras entre 2010 e 2014. O caso continua em análise, com possíveis desdobramentos após a apresentação dos novos documentos sobre a saúde do condenado.