O Supremo Tribunal Federal (STF) prepara-se para dar continuidade aos julgamentos de 25 investigados envolvidos em supostas tentativas de sabotar o processo democrático durante as eleições de 2022. Após incluir nove réus no chamado “núcleo crucial”, a Corte analisará outros três grupos separadamente, cada um com acusações específicas. As sessões ocorrerão entre abril e maio, abordando desde o uso indevido de órgãos públicos até campanhas de desinformação e pressões sobre autoridades.
Os casos estão divididos em núcleos temáticos, conforme estratégia validada pelo STF. O primeiro, marcado para 22 e 23 de abril, trata de supostas interferências no acesso às urnas. Já em maio, serão julgados acusados de disseminar falsas informações sobre o sistema eleitoral e, posteriormente, aqueles ligados a ações coercitivas para justificar medidas excepcionais. Uma quinta denúncia, envolvendo um único investigado, aguarda notificação.
Os próximos julgamentos devem esclarecer como diferentes setores — incluindo agentes públicos e civis — teriam atuado de forma coordenada para contestar os resultados eleitorais. O STF mantém o foco na apuração de responsabilidades, evitando rupturas institucionais. A abordagem fragmentada busca garantir análise detalhada, embora tenha sido alvo de críticas por parte das defesas.