O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, por unanimidade, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seis pessoas acusadas de tentativa de golpe de Estado, incluindo um ex-assessor da Presidência da República. A decisão transformou os denunciados em réus e deu início a uma ação penal, seguindo o mesmo caminho do processo contra o ex-presidente. Os acusados, integrantes do chamado “núcleo 2” da denúncia, são apontados pela PGR como responsáveis por apoiar ações que buscavam manter o poder de forma ilegítima em 2022. Eles responderão por crimes como abolição do Estado democrático de Direito, organização criminosa e dano qualificado.
A ministra das Relações Institucionais criticou publicamente um projeto de lei que propõe anistia para condenados pelos eventos de 8 de janeiro, classificando a discussão durante o julgamento no STF como uma afronta ao Judiciário e ao Estado democrático. As declarações foram feitas em rede social, reforçando a tensão política em torno do caso. O processo seguirá com a oitiva de testemunhas e investigações adicionais antes de avançar para as alegações finais.
O STF ainda deve julgar outros dois núcleos relacionados ao caso, incluindo acusações de desinformação e operações ilegais, marcados para maio. A decisão reforça o papel da Corte em processos de alto impacto político, enquanto o debate sobre anistia e responsabilização continua a dividir opiniões.