Um imigrante salvadorenho, que possuía autorização para trabalhar nos Estados Unidos, foi deportado por engano após ser acusado de envolvimento com uma gangue — alegação negada por sua defesa. O governo americano admitiu o erro, e a Suprema Corte ordenou que as autoridades facilitassem seu retorno ao país. No entanto, o Departamento de Justiça afirmou que, caso ele tente reentrar, poderá ser detido e deportado novamente, sob a mesma acusação não comprovada.
O caso chamou atenção devido ao destino do imigrante: uma prisão de segurança máxima em El Salvador, criticada por supostos abusos de direitos humanos. Apesar da decisão judicial, o governo dos EUA declarou que não tem obrigação de auxiliá-lo a sair da prisão, enquanto o presidente salvadorenho afirmou não ter autoridade para liberá-lo. Advogados e familiares destacam a falta de provas sobre o suposto vínculo com gangues e a ausência de direito à defesa.
A situação reflete tensões mais amplas sobre deportações e acusações sem devido processo legal. Recentemente, outros deportados foram enviados a El Salvador sob alegações similares, sem oportunidade de contestação. O caso expõe desafios na política migratória e na cooperação entre os dois países, enquanto defensores dos direitos humanos alertam para riscos de injustiças.