A Suprema Corte de Israel determinou que o governo e a procuradoria-fiscal têm até 19 de abril para encontrar uma solução à polêmica demissão do diretor da agência de segurança interna Shin Bet, anunciada pelo primeiro-ministro em março. O presidente do tribunal, Yitzhak Amit, sugeriu que as partes busquem uma “solução criativa” após o feriado judaico do Pessach, adiando uma intervenção direta da Justiça. A audiência foi marcada por protestos dentro e fora do tribunal, obrigando os juízes a suspender temporariamente a sessão.
A decisão de destituir o diretor foi justificada pela alegação de “falta de confiança”, mas críticos afirmam que a medida está relacionada a divergências sobre as falhas de segurança que permitiram o ataque de 7 de outubro de 2023. O dirigente da agência contestou a demissão, alegando motivações pessoais e tentativas de obstruir investigações sobre o episódio. A procuradora-geral também apontou conflitos de interesse na ação do primeiro-ministro, vinculando-a a investigações em seu entorno.
Este é o primeiro caso na história do país em que um diretor do Shin Bet é demitido, levantando questões sobre a independência das instituições de segurança. O caso ocorre em meio a tensões políticas e investigações sobre supostas irregularidades envolvendo autoridades, embora detalhes específicos não tenham sido confirmados oficialmente. A Corte evitou tomar uma posição definitiva, deixando a resolução para as partes envolvidas.