O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de liberdade para policiais investigados por envolvimento na morte de um empresário que colaborava com autoridades em um acordo de delação premiada. A defesa dos agentes alegou excesso de prazo nas investigações e falta de provas concretas para a manutenção da prisão preventiva, mas o ministro relator destacou a complexidade do caso e a necessidade de diligências adicionais. O STJ também considerou indícios de que os investigados faziam parte de um núcleo de segurança ligado a organização criminosa.
O caso remonta ao homicídio ocorrido em novembro do ano passado, quando a vítima foi morta a tiros no Aeroporto de Guarulhos, mesmo sob a expectativa de escolta policial. Os agentes responsáveis pela segurança alegaram problemas técnicos para justificar a ausência no local. A vítima, que tinha ligações com uma facção criminosa, havia fornecido informações sobre integrantes do grupo e supostos esquemas de corrupção envolvendo policiais.
O ministro do STJ ressaltou que a participação de agentes públicos em organizações criminosas representa alto grau de periculosidade, justificando a manutenção das prisões. O mérito do habeas corpus ainda será analisado pela Sexta Turma do tribunal. Enquanto isso, as investigações continuam para apurar todos os detalhes do crime e possíveis conexões com outros envolvidos.