A Superintendência-Geral (SG) do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou a Petlove a acompanhar o processo de fusão entre Petz e Cobasi como terceira interessada. A empresa argumentou que a operação tem potencial anticompetitivo e pode prejudicar a concorrência no mercado pet brasileiro. Caso o acordo seja aprovado sem restrições pela área técnica do Cade, a Petlove poderá levar o caso para julgamento no tribunal, aumentando o escrutínio sobre a transação.
Em sua petição, a Petlove destacou a necessidade de definir o mercado relevante sob uma perspectiva geográfica e criticou a falta de clareza na metodologia usada pelas empresas para estimar suas participações de mercado. Segundo a SG, esses pontos dificultam uma análise precisa dos impactos da fusão. O segmento de petshops, com sua variedade de comerciantes, também torna complexa a avaliação tradicional de market share, conforme relatado anteriormente pelo Broadcast.
A SG ressaltou que a Petlove trouxe informações valiosas sobre a dinâmica do setor, contribuindo para uma análise mais detalhada dos possíveis efeitos da operação. O acordo entre Petz e Cobasi, firmado em agosto de 2023, prevê uma receita líquida combinada de R$ 6,9 bilhões e um Ebitda de R$ 464 milhões. A participação da Petlove no processo adiciona um novo layer de análise ao caso, que segue sob avaliação do Cade.