A Superintendência-Geral (SG) do Cade autorizou a Petlove a acompanhar o processo de fusão entre Petz e Cobasi como terceira interessada. A empresa argumentou que a operação tem potencial anticompetitivo e pode prejudicar a concorrência no mercado pet brasileiro. Caso o acordo seja aprovado sem restrições pela área técnica do Cade, a participação da Petlove pode levar o caso para avaliação do tribunal, ampliando o escopo da análise.
A Petlove destacou em seus documentos a necessidade de definir o mercado relevante sob a perspectiva geográfica e criticou a falta de clareza na metodologia usada pelas empresas para calcular suas participações de mercado. Segundo a SG, essa ausência de informações dificulta uma avaliação precisa dos impactos concorrenciais. O setor de petshops, marcado por uma grande variedade de comerciantes, também complica a tradicional análise de market share.
A SG ressaltou que a Petlove contribuiu com insights valiosos sobre a dinâmica do mercado pet, enriquecendo o entendimento das particularidades do setor. O acordo entre Petz e Cobasi, firmado em agosto do ano passado, projetava uma receita líquida combinada de R$ 6,9 bilhões e um Ebitda de R$ 464 milhões. A admissão da Petlove como interessada reforça a complexidade e a relevância do caso para o cenário competitivo brasileiro.