Pesquisadores americanos apresentaram resultados preliminares do estudo BioRAND, indicando que intervenções no estilo de vida podem reverter sinais precoces do Alzheimer. O estudo acompanhou 71 participantes, sendo que 54 receberam orientações personalizadas, como ajustes na alimentação, exercícios físicos, controle do estresse e melhora do sono. Os biomarcadores sanguíneos desses indivíduos mostraram melhora, sugerindo que mudanças comportamentais podem retardar ou mesmo prevenir o declínio cognitivo antes do aparecimento de sintomas irreversíveis.
O estudo focou em mais de 125 biomarcadores, com destaque para proteínas associadas à saúde cerebral. Participantes que aderiram a pelo menos 60% das recomendações tiveram resultados significativos, comprovando que fatores modificáveis, como pressão arterial e qualidade do sono, impactam diretamente no risco de demência. A pesquisa também reforça a viabilidade de exames de sangue como método menos invasivo e mais acessível para diagnóstico precoce, comparado a técnicas como punções lombares ou ressonâncias caras.
A longo prazo, os cientistas buscam democratizar o acesso a esses testes, transformando-os em ferramentas de monitoramento preventivo, similares aos exames de colesterol. A proposta é permitir que pessoas em meia-idade avaliem seu risco e adotem medidas preventivas antes do surgimento de sintomas. Segundo os autores, essa abordagem pode revolucionar o cuidado com a saúde cerebral, oferecendo uma forma mensurável e objetiva de acompanhar o progresso das intervenções não farmacológicas.