Pesquisas recentes indicam que a forma como interagimos com inteligências artificiais (IAs) pode influenciar diretamente a qualidade das respostas obtidas. Um estudo conduzido por instituições como Microsoft e Academia Chinesa de Ciências mostrou que modelos generativos, como o ChatGPT, tendem a oferecer resultados mais precisos e completos quando tratados com educação e emoção, como se fossem humanos. Por outro lado, solicitações frias ou grosseiras geram respostas com mais erros e vieses, sugerindo que a cortesia pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a interação com essas ferramentas.
Text: No entanto, essa prática tem um custo significativo. Sam Altman, CEO da OpenAI, brincou no Twitter sobre os gastos com eletricidade causados por mensagens educadas, estimando que “por favor” e “obrigado” custam à empresa dezenas de milhões de dólares. Cada pequena interação consome energia equivalente a 14 lâmpadas LED ligadas por uma hora, além de aproximadamente 500 ml de água a cada 20 comandos para resfriar os servidores. Com milhões de usuários mensais, o impacto ambiental dessas cortesias se torna relevante.
Text: A discussão levanta um dilema: ser educado com as IAs pode melhorar seus resultados, mas também aumenta seu consumo de recursos. Enquanto alguns defendem que a gentileza pode ser vantajosa em um futuro onde máquinas ganhem maior autonomia, outros questionam se o benefício justifica o custo ambiental. A resposta, por enquanto, permanece em aberto, deixando usuários e empresas ponderarem sobre o equilíbrio entre eficiência e sustentabilidade.