Um estudo publicado pela Harvard Business Review, realizado por pesquisadores de universidades americanas e europeias, mostra que a forma como usamos o tempo livre impacta diretamente nosso bem-estar e energia. A pesquisa, que envolveu mais de 2,4 mil profissionais, introduz o conceito de “leisure crafting” — planejamento intencional do lazer —, sugerindo que atividades passivas, como maratonar séries ou rolar o feed do celular, são menos eficazes para recuperar energias do que práticas mais engajadas, como estabelecer metas pessoais ou cultivar conexões sociais.
Os resultados indicam que quem adotou essa abordagem relatou maior sensação de propósito, melhor humor e até melhora no desempenho profissional, em comparação com quem optou por lazer passivo. Em um experimento, participantes que aplicaram o “leisure crafting” por quatro semanas tiveram ganhos significativos em bem-estar e satisfação pessoal. A estratégia não exige mais tempo, apenas uma mudança de mentalidade, como trocar o consumo aleatório de filmes por um projeto crítico ou ingressar em grupos com objetivos compartilhados.
Apesar de parecer levar a produtividade para o tempo livre, os autores defendem que o método não se trata de trabalhar mais, mas de transformar o lazer em uma oportunidade de crescimento pessoal. Essa perspectiva pode não só revitalizar as energias, mas também trazer impactos positivos para a vida profissional, ajudando a prevenir o burnout e aumentando a sensação de conexão com os outros.