A pesquisa recente, conduzida por 33 especialistas de universidades, agências governamentais e organizações ambientais, apontou que a população de borboletas nos Estados Unidos diminuiu 22% entre 2000 e 2020. O estudo analisou 554 espécies e identificou como principais causas a perda de habitats naturais, o aquecimento global e o uso de produtos químicos na agricultura. Com base em mais de 76 mil monitoramentos e 12,6 milhões de registros, os dados mostram que, para cada espécie que aumentou sua população, 13 sofreram reduções, com algumas perdendo até 95% de indivíduos.
Os cientistas alertam que o declínio generalizado é um indicador preocupante da saúde ambiental, já que as borboletas funcionam como bioindicadores. Eles comparam a situação a eventos de extinção em massa do passado e destacam que a degradação de habitats naturais é um fator crítico. Apesar do cenário desafiador, os especialistas acreditam que a recuperação é possível com medidas como a preservação de ambientes naturais e a restauração de áreas degradadas.
Mudanças individuais, como o plantio de espécies nativas e a redução do corte de gramados, também podem contribuir para a recuperação das populações. Os pesquisadores mantêm otimismo, afirmando que a resiliência desses insetos permite uma rápida recuperação quando as pressões humanas são reduzidas. O estudo serve como um chamado para ações urgentes, reforçando a necessidade de equilíbrio entre o desenvolvimento humano e a conservação da natureza.