A pesquisa liderada pela Espanha investiga como a exposição prolongada à poluição do ar pode agravar infecções respiratórias, pressionando os sistemas de saúde. A pandemia de Covid-19 revelou lacunas no entendimento desse impacto, levando a uma série de estudos que associaram a poluição a sintomas mais graves da doença. Um exemplo citado é um estudo dinamarquês com mais de 3 milhões de pessoas, que mostrou maior risco de morte ou hospitalização por Covid em áreas com alta poluição, principalmente entre populações mais vulneráveis.
Os resultados reforçam a necessidade de políticas públicas que reduzam a poluição do ar, não apenas para combater doenças crônicas, mas também para mitigar o impacto de crises sanitárias futuras. A ligação entre qualidade do ar e saúde ganhou destaque durante a pandemia, mas especialistas alertam que o problema persiste além da Covid, afetando outras infecções respiratórias.
A pesquisa destaca a desigualdade social como um fator agravante, já que populações de baixa renda tendem a viver em áreas mais poluídas e com menor acesso a cuidados médicos. O estudo serve como um alerta para a urgência de abordar a poluição como uma questão de saúde pública global, capaz de amplificar crises sanitárias e econômicas.