A empresa Colossal Biosciences, startup norte-americana, está trabalhando em projetos ambiciosos para “desextinguir” animais que desapareceram da Terra há milhares de anos. Entre as espécies-alvo estão o mamute-lanoso, extinto há cerca de 4.000 anos, o tilacino (ou tigre-da-Tasmânia), desaparecido no século XX, e o dodô, ave eliminada no século XVII. A empresa utiliza técnicas avançadas de edição genética, clonagem e DNA antigo para modificar genes de animais existentes, visando recriar essas espécies e, potencialmente, restaurar ecossistemas desequilibrados pela ação humana.
O projeto do mamute-lanoso é um dos mais destacados, com a meta de apresentar os primeiros filhotes até 2028. A Colossal argumenta que a iniciativa pode beneficiar os elefantes asiáticos, seus parentes vivos mais próximos, além de impulsionar pesquisas sobre adaptação ao frio e edição genômica. Já no caso do tilacino, a empresa pretende usar embriões preservados para reverter o impacto ecológico causado pela extinção do predador. Quanto ao dodô, a startup colabora com uma ONG nas Ilhas Maurício para restaurar habitats e reintroduzir a ave na natureza.
Apesar do otimismo, alguns cientistas questionam a eficácia desses projetos, como no caso do lobo-terrível, espécie recriada pela empresa mas cuja classificação como “desextinta” gera debates. Com investimentos bilionários, a Colossal Biosciences defende que suas pesquisas podem regenerar ecossistemas e oferecer novas ferramentas para a conservação de espécies ameaçadas, embora os desafios técnicos e éticos ainda sejam significativos.