A Coreia do Sul realizará uma eleição presidencial antecipada em 3 de junho para substituir o ex-presidente Yoon Suk Yeol, destituído pelo Tribunal Constitucional após a imposição fracassada da lei marcial em dezembro. O anúncio foi feito pelo líder interino Han Duck-soo, seguindo a exigência legal de eleger um novo mandatário em até 60 dias. A disputa deve ser polarizada entre o Partido do Poder Popular, conservador, e o Partido Democrático, liberal, com este último em vantagem devido à crise de credibilidade e divisões internas causadas pela medida autoritária do governo anterior.
O Partido Democrático deve ter como candidato seu líder mais influente, que já disputou a eleição de 2022 e comandou a resistência contra a lei marcial. Já os conservadores enfrentam dificuldades para se reorganizar, com pelo menos dez pré-candidatos em disputa e divergências entre aliados e críticos do ex-presidente. Analistas destacam que o eleitorado moderado e os jovens serão decisivos, exigindo um nome capaz de unificar as bases e superar a imagem negativa deixada pela gestão anterior.
Enquanto isso, o Partido Democrático busca capitalizar o desgaste dos conservadores, mas seu potencial candidato também enfrenta desafios, incluindo processos judiciais e críticas por supostamente alimentar divisões políticas. Especialistas apontam que a eleição será um teste para a estabilidade democrática do país, marcada por tensões entre os poderes e uma sociedade profundamente dividida.