Um militar denunciou ter sido agredido dentro de um quartel em Barueri, na Grande São Paulo, após informar a perda da fivela do cinto do uniforme. Segundo o relato, ele foi levado a uma sala escura, obrigado a fazer flexões e agredido com chutes. O soldado registrou um boletim de ocorrência e está em casa, acamado, com sequelas físicas. O Exército afirmou que está apurando o caso e repudia qualquer conduta que viole seus princípios éticos e legais.
O jovem contou que, após as agressões, foi forçado a retomar o treinamento físico, mesmo com dores intensas. Mais tarde, ao passar mal e vomitar sangue, recebeu recomendação médica de repouso, que não teria sido respeitado pelo quartel. A defesa do militar classificou o caso como tortura, destacando que as agressões deixaram sequelas físicas e psicológicas.
Em outro incidente no mesmo quartel, a União foi condenada a pagar indenização por danos morais após a morte de três soldados em um treinamento aquático em 2017. A Justiça considerou que houve negligência e imprudência por parte dos responsáveis, já que os jovens não sabiam nadar e não receberam supervisão adequada. Os casos levantaram questões sobre práticas dentro da instituição.