As vendas de soja por produtores do Brasil na safra 2024/25 alcançaram um volume recorde de 88,2 milhões de toneladas até abril, segundo a consultoria Datagro. O avanço foi impulsionado por prêmios de exportação mais altos, reflexo das tensões comerciais entre China e EUA, além de uma demanda internacional firme. Apesar do volume histórico, as vendas representam 52,2% da safra, abaixo da média histórica de 55,5% para o período, mas a colheita recorde de 169,1 milhões de toneladas explica o desempenho excepcional.
Os preços da soja apresentaram leve alta, influenciados pelas incertezas geopolíticas e pela oferta limitada da Argentina, outro grande produtor global. As vendas antecipadas para a safra 2025/26 também avançaram, atingindo 4,6% da produção estimada de 176,7 milhões de toneladas, com um crescimento de 1,8 ponto percentual desde março. A combinação de fatores externos e internos tem fortalecido a posição do Brasil no mercado internacional de commodities.
O cenário atual destaca a importância do agronegócio brasileiro em um contexto global marcado por disputas comerciais e demanda sustentada. Enquanto a China busca alternativas aos EUA, o Brasil se consolida como um fornecedor chave, beneficiando-se de condições favoráveis e de uma colheita robusta. A tendência sugere que o país continuará a desempenhar um papel central no abastecimento mundial de soja nos próximos anos.