O CEO da Wildlife Trusts, Craig Bennett, criticou a forma como as construtoras do Reino Unido estão lidando com a demanda por moradias, mas questiona-se se todas devem ser agrupadas no mesmo debate. Jon Di Stefano, da Federation of Master Builders, destacou que os pequenos construtores respondem por apenas 10% dos novos imóveis atualmente, uma queda significativa em comparação com os 40% registrados na década de 1980. O ministro da Habitação, Matthew Pennycook, identificou essa redução como uma prioridade a ser enfrentada pela Homes England, enfatizando a importância da concorrência e inovação para impulsionar sustentabilidade, acessibilidade e qualidade no setor.
Di Stefano, que migrou de uma grande construtora para uma menor, afirma que os pequenos desenvolvedores têm credenciais ambientais mais sólidas e são capazes de entregar projetos mais inovadores. A queda na participação dessas empresas no mercado é vista como um obstáculo para o avanço de práticas sustentáveis e acessíveis na construção civil. A diversidade de players no setor, segundo ele, é essencial para fomentar a competição e melhorar os resultados.
O debate sobre o futuro das moradias no Reino Unido passa, portanto, pela necessidade de reequilibrar o mercado, dando mais espaço aos pequenos construtores. O chamado “future homes standard”, que visa garantir construções de baixo carbono, pode ser uma oportunidade para que esses desenvolvedores demonstrem seu potencial. A discussão reforça a importância de políticas públicas que incentivem a pluralidade no setor, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a sociedade como um todo.