O ministro Cristiano Zanin, do STF, suspendeu a decisão do TCU que determinava a retomada do Sicobe, sistema de monitoramento da produção de bebidas desativado em 2016. O TCU havia alegado que a descontinuação do sistema pela Receita Federal violava princípios legais, mas o STF acatou um recurso da AGU, que apontou possíveis prejuízos fiscais, como a volta de créditos tributários estimados em R$ 1,8 bilhão anuais. O ministro destacou que o restabelecimento do sistema poderia reintroduzir inconsistências e comprometer a fiscalização.
O Sicobe, criado em 2009 pela Casa da Moeda, permitia à Receita acompanhar em tempo real a produção de bebidas, incluindo volume, tipo e embalagem. Sua desativação, em 2016, foi justificada pela proposta de um substituto mais barato, mas o TCU considerou a medida irregular. A decisão do STF suspende temporariamente a obrigação de reativar o sistema, enquanto os impactos são avaliados.
O caso envolve debates sobre eficiência fiscal, custos operacionais e a hierarquia das normas. A Receita Federal defendeu a descontinuação do Sicobe, enquanto o TCU questionou a legalidade do processo. A suspensão pelo STF adia a retomada do sistema, mantendo incertezas sobre o futuro do monitoramento da produção de bebidas no país.