A chamada “síndrome do cargo fictício” surge quando empresas concedem títulos elevados a profissionais sem que haja uma real mudança em suas atribuições, autonomia ou impacto no negócio. Esse fenômeno, muitas vezes motivado pela pressão por reconhecimento ou pela falta de uma estrutura clara de cargos e salários, pode levar a frustrações, desalinhamento de expectativas e distorções organizacionais. Profissionais com cargos inflacionados podem enfrentar dificuldades para se recolocar no mercado, já que suas experiências não condizem com o título que ostentam.
Entre as principais características desse problema estão títulos desproporcionais às funções, expectativas não atendidas e desmotivação. A prática também prejudica a empresa, criando hierarquias confusas e desequilíbrios salariais. Exemplos comuns incluem coordenadores sem equipe ou gerentes de projeto sem responsabilidades efetivas, o que mina a credibilidade da estrutura organizacional e a cultura corporativa.
Para evitar a síndrome, é essencial estabelecer critérios objetivos de promoção, alinhados às necessidades reais do negócio e ao mérito do profissional. Políticas transparentes de cargos e salários, além de um planejamento orçamentário adequado, são fundamentais. Cargos devem refletir competências e entregas, não apenas servir como respostas imediatas à busca por status. O verdadeiro progresso exige coerência entre título, função e impacto no negócio.