O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região convocou uma reunião com o C6 Bank para cobrar o pagamento correto da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos funcionários. A entidade alega que o banco não cumpriu as regras da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), pagando valores abaixo do devido. A reunião, inicialmente marcada para segunda-feira (7.abr), foi adiada para quinta-feira (10.abr) e será mediada pela Fenaban. O sindicato destacou que o lucro recorde de R$ 2,3 bilhões em 2024 foi resultado do trabalho coletivo e não deve ser distribuído de forma desigual.
De acordo com o sindicato, o C6 Bank criou um critério interno para a PLR que excluiu categorias como assistentes, atendentes e cargos comerciais, contrariando a CCT. A norma estabelece que a PLR deve corresponder a 90% do salário-base mais verbas fixas, com um piso de 5% do lucro do banco. O sindicato estima que R$ 45 milhões deixaram de ser pagos aos trabalhadores. A instituição afirmou à Folha de S.Paulo que seguiu a legislação e que seu modelo de remuneração variável foi aprovado por uma comissão interna de funcionários, sem prejuízos.
O sindicato espera resolver a questão por meio de negociação, mas não descarta medidas legais caso não haja acordo. O C6 Bank reiterou que convidou o sindicato para participar da assembleia que aprovou o modelo, mas a entidade não compareceu. O impasse reflete a tensão entre as práticas corporativas e os direitos trabalhistas garantidos em convenções coletivas.