O setor público consolidado, que inclui governo federal, estados, municípios e empresas estatais, apresentou um superávit primário de R$ 3,6 bilhões em março deste ano, segundo dados do Banco Central. O resultado representa uma melhora em relação ao mesmo período de 2023, quando o saldo positivo foi de R$ 1,2 bilhão, e é o melhor desempenho para o mês desde 2022. Enquanto o governo federal teve déficit de R$ 2,3 bilhões, estados e municípios registraram superávit de R$ 6,5 bilhões, e as estatais, déficit de R$ 566 milhões.
O aumento na arrecadação, acima da inflação, contribuiu para o resultado positivo, enquanto a falta de sanção do Orçamento de 2025 até abril limitou os gastos. O Tesouro Nacional informou que as despesas ficaram abaixo do limite mensal previsto, representando apenas 1/18 da dotação orçamentária. Com isso, os gastos caíram em termos reais na comparação anual, reforçando o superávit.
O termo “primário” indica que o cálculo não inclui os juros da dívida pública, focando apenas na relação entre receitas e despesas. O desempenho reflete um cenário de maior controle fiscal, embora com disparidades entre os entes governamentais. O dado sinaliza uma recuperação nas contas públicas, mas a sustentabilidade do resultado dependerá de fatores como a execução orçamentária e o ritmo de arrecadação nos próximos meses.