Servidores municipais de São Paulo decidiram continuar em greve após a Câmara Municipal aprovar um reajuste salarial considerado insuficiente pela categoria. Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (30), os trabalhadores rejeitaram o aumento de 2,60% em 2025 e 2,55% em 2026, que não acompanha a inflação projetada, e mantiveram a paralisação, que já dura mais de duas semanas. Entre as principais reivindicações estão um reajuste de 44% para profissionais da educação, a incorporação de abonos complementares e a revogação de medidas previdenciárias.
A greve afeta principalmente a rede municipal de ensino, com alunos sem aulas regulares há semanas. Mães relatam dificuldades para conciliar a rotina, mas algumas expressam apoio à mobilização dos professores. A Secretaria Municipal de Educação informou que apenas 1,1% das escolas não atenderam os alunos no dia 29, e que o conteúdo será reposto. Paralelamente, trabalhadores da saúde também protestam contra a terceirização e a falta de concursos no Hospital do Servidor Público Municipal.
O projeto de reajuste aprovado pela Câmara, com 34 votos a favor e 17 contra, agora aguarda sanção do prefeito, que está em viagem à Ásia. Os servidores destacam que a proposta não atende às demandas por melhores condições de trabalho e saúde, além de ignorar a perda salarial acumulada. A mobilização continua sem previsão de encerramento, enquanto sindicatos pressionam por negociações mais favoráveis.