O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 2,5 pontos em abril, atingindo 90,4 pontos, o menor patamar desde maio de 2021, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda foi influenciada principalmente pela deterioração das expectativas futuras do setor, que recuaram com maior intensidade. Em médias móveis trimestrais, o índice registrou redução de 0,5 ponto, refletindo a cautela dos empresários em relação à demanda futura, um cenário comum em diversos segmentos.
Os indicadores de situação atual e expectativas também apresentaram declínio. O Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 1,5 ponto, para 93,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 3,6 pontos, chegando a 87,2 pontos, o nível mais baixo desde março de 2021. Apesar dos resultados positivos no mercado de trabalho no primeiro trimestre, a incerteza macroeconômica persiste, com possíveis pressões sobre preços, juros elevados e desaceleração da atividade no segundo semestre.
Entre os componentes analisados, tanto a situação atual dos negócios quanto o volume de demanda apresentaram quedas, com reduções de 2,2 e 0,8 ponto, respectivamente. Já as expectativas para os próximos meses foram ainda mais pessimistas, com a demanda prevista caindo 2,8 pontos e a tendência de negócios recuando 4,4 pontos. A pesquisa ouviu 1.272 empresas entre 1º e 25 de abril, reforçando a percepção de cautela generalizada no setor.