As serpentes peçonhentas desempenham um papel crucial no equilíbrio ecológico e contribuem para avanços científicos, apesar de serem responsáveis por acidentes graves no Brasil. Em 2024, foram registrados 132 óbitos entre mais de 31 mil notificações, segundo dados do Ministério da Saúde. Sua peçonha tem potencial terapêutico para tratar doenças como câncer e hipertensão, mas também representa riscos quando os ataques ocorrem, geralmente em situações de defesa ou durante a caça.
As famílias Elapidae (corais-verdadeiras) e Viperidae (jararacas, cascavéis e surucucus) são as mais perigosas, com venenos potentes e aparelhos inoculadores eficientes. Enquanto as corais têm veneno neurotóxico, mas menor capacidade de injeção, as Viperidae causam mais acidentes devido à sua abundância e eficácia no bote. A identificação dessas serpentes é possível por características como a fosseta loreal, presente nas Viperidae, mas ausente nas corais.
Em caso de acidente, a recomendação é lavar o local com água e sabão, evitar movimentos bruscos e buscar imediatamente o soro antiofídico, único tratamento eficaz. Medidas como torniquetes ou sucção do veneno são contraindicadas, pois podem agravar o quadro. A soroterapia deve ser administrada em ambiente hospitalar, com dosagem específica conforme a espécie envolvida, destacando-se a importância do diagnóstico médico preciso.