Um senador apagou uma publicação em que usou a expressão latina “Habemus papam” — tradicionalmente empregada para anunciar a eleição de um novo papa — para criticar o governo federal. A postagem, feita no mesmo dia da confirmação da morte do papa Francisco, gerou forte repercussão negativa, especialmente entre católicos e parlamentares da oposição, que consideraram o tom desrespeitoso diante do contexto de luto. Diante das críticas, o autor afirmou que o objetivo era apenas destacar questões internas do país, sem relação direta com o falecimento do pontífice.
O conteúdo, já amplamente compartilhado antes de ser removido, reacendeu debates sobre os limites entre sátira política e respeito a temas sensíveis. A tentativa de associar um momento solene da Igreja Católica a críticas ao governo foi vista como oportunista por parte da rede social, ampliando tensões em um cenário já marcado por polarização. Apesar da explicação do senador, a controvérsia destacou a delicadeza necessária ao misturar simbologia religiosa e discurso político.
O episódio ilustra os riscos de comunicação em tempos de alta sensibilidade pública, especialmente quando envolvem figuras globais reverenciadas. Enquanto alguns defenderam o direito à crítica política, outros enfatizaram a importância de evitar ambiguidades em momentos de comoção coletiva. A discussão segue como um alerta sobre o impacto de postagens nas redes sociais e a necessidade de ponderar tom e timing em mensagens públicas.