O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) expressou preocupação com os custos financeiros para preparar a COP30, que será realizada em Belém em novembro de 2025. Segundo ele, o estado do Pará está enfrentando dificuldades com empréstimos elevados do BNDES, e há receio de que os recursos prometidos a países em desenvolvimento, como os US$ 100 bilhões anuais, não se concretizem. O parlamentar comparou o evento a investimentos anteriores, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que deixaram poucos benefícios econômicos após sua realização.
Além disso, o senador criticou a falta de retorno desses grandes eventos, destacando o risco de a COP30 se tornar um “elefante branco” — com estruturas subutilizadas após o término das atividades. Ele questionou se os recursos internacionais realmente auxiliarão o Brasil a modernizar sua matriz produtiva com menor impacto ambiental, como prometido. A entrevista também abordou temas como fusão partidária e políticas econômicas, mas o foco permaneceu nos desafios logísticos e financeiros da conferência climática.
Em outros tópicos, o parlamentar defendeu a anistia para envolvidos em eventos recentes, argumentando que o julgamento deveria ocorrer na primeira instância, e comentou sobre a possível fusão entre Podemos e PSDB para fortalecer a representação no Congresso. A entrevista reforçou a necessidade de equilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade, sem deixar de lado críticas à efetividade de acordos internacionais.