O Senado dos Estados Unidos rejeitou, nesta quarta-feira (30), uma resolução que buscava revogar as tarifas globais impostas pelo governo. A decisão ocorreu mesmo com sinais de desaceleração econômica, após o PIB do país registrar queda de 0,3% no primeiro trimestre, a primeira contração em três anos. A proposta, apoiada por três senadores republicanos e pelos democratas, não alcançou a maioria necessária para avançar, mantendo as tarifas que variam de 10% a 50% sobre mais de 180 países e regiões.
Apesar do apoio reduzido em comparação a votações anteriores, a medida refletiu a divisão dentro do Partido Republicano, com críticos argumentando que as tarifas deveriam ser mais seletivas, especialmente com aliados como o Canadá. O senador Ron Wyden, democrata, destacou que o Congresso tem o poder de regular o comércio e não deveria ser “espectador passivo” das políticas tarifárias. Enquanto isso, o déficit comercial dos EUA atingiu recorde em março, impulsionado pelo aumento de importações antecipadas devido aos temores de custos adicionais.
O relatório econômico recente trouxe evidências concretas dos impactos das tarifas, coincidindo com a volatilidade nos mercados financeiros e no dólar. A incerteza sobre as relações comerciais com parceiros como Canadá e México continua a pressionar a economia, enquanto o debate sobre a eficácia das medidas protecionistas persiste no Congresso.