O Senado dos Estados Unidos aprovou, na madrugada desta sexta-feira (11), a nomeação de Dan Caine para o cargo de comandante do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. A decisão, com 60 votos a favor e 25 contra, ocorre após a demissão abrupta do antecessor, general Charles CQ Brown, e de outros oficiais de alto escalão como parte de uma reorganização da cúpula militar iniciada pelo governo atual. A mudança foi criticada por democratas, que acusam a administração de buscar lealdade política nas Forças Armadas.
Caine, durante audiência no Congresso, buscou acalmar preocupações ao afirmar seu compromisso com a imparcialidade e a tradição militar. “Evitar a politização das Forças Armadas começa com dar um bom exemplo a partir da cúpula”, destacou, reforçando a importância de manter a instituição apolítica. Ele também negou ter usado um boné com o slogan político do presidente em um encontro, sugerindo que poderia haver confusão na memória do relator.
A demissão de Brown, nomeado pelo governo anterior em 2023, ocorreu sem explicações públicas. Além dele, outros líderes militares, incluindo a comandante da Marinha e o vice-comandante da Força Aérea, foram substituídos neste ano. O episódio reflete tensões entre o poder executivo e as Forças Armadas, com críticos alertando para riscos de politização de uma instituição que, segundo a Constituição, deve permanecer neutra.