O Senado dos Estados Unidos aprovou neste sábado (5) um projeto orçamentário que inclui cortes abrangentes de impostos, alinhados às promessas do governo. A votação, com 51 votos a favor e 48 contra, contou com a oposição de dois republicanos e dos democratas, que criticam a medida em um momento de instabilidade nos mercados devido a tarifas comerciais impostas recentemente. O texto agora segue para a Câmara dos Representantes, onde republicanos enfrentam resistência de setores fiscalmente conservadores.
O projeto busca equilibrar o orçamento e reduzir a dívida pública, mas gera divergências entre as casas legislativas sobre o valor dos cortes. Enquanto o Senado propõe economias modestas de US$ 4 bilhões, a Câmara defende reduções mais drásticas, de US$ 1,5 trilhão. Além disso, o plano prevê aumentar o limite da dívida em US$ 5 trilhões para evitar um calote, medida que especialistas alertam poder agravar o endividamento nacional na próxima década.
Os democratas argumentam que os cortes prejudicam serviços essenciais, enquanto republicanos defendem a proposta como um passo necessário para consolidar reduções fiscais e investir em segurança energética e fronteiriça. A aprovação final depende ainda de negociações entre as casas, em um cenário de pressão pelo recesso legislativo. O debate reflete as tensões entre estímulo econômico e responsabilidade fiscal, com repercussões para a economia global.
