Nesta semana, os países das Américas intensificam esforços para elevar as coberturas vacinais durante a Semana de Vacinação nas Américas, que ocorre até 3 de maio. A meta é administrar cerca de 66,5 milhões de doses, com atenção especial ao sarampo, devido a surtos nos EUA, Canadá e México, onde mais de 2,6 mil casos foram confirmados este ano—um aumento significativo em relação a 2024. O Brasil, que recuperou o certificado de eliminação da doença, busca evitar a reintrodução do vírus, incentivando a vacinação com a tríplice viral para quem não foi imunizado na infância.
A febre amarela também preocupa, com 189 casos confirmados no continente em 2024, sendo o Brasil o mais afetado (102 casos e 41 mortes). A campanha da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) tem como tema “Sua decisão faz a diferença” e visa não só aumentar a vacinação, mas também contribuir para a eliminação de mais de 30 doenças até 2030, incluindo hepatite B e meningite bacteriana. Especialistas destacam a importância da cooperação entre países, já que agentes infecciosos não respeitam fronteiras, e a manutenção de altas coberturas vacinais é essencial para prevenir surtos.
Para superar desafios como a desinformação e o acesso limitado a postos de vacinação, iniciativas locais têm sido fundamentais. Projetos como o “Reconquista das Altas Coberturas Vacinais” mostraram que adaptar estratégias às realidades regionais—como levar vacinas a locais de grande circulação—pode melhorar a adesão. A popularização da ciência e a colaboração com comunidades são apontadas como chaves para garantir que as campanhas atinjam seus objetivos e protejam a saúde pública.