Neste domingo, o Equador decide seu próximo presidente em um segundo turno eleitoral marcado por polarização. A candidata de esquerda, Luisa González, enfrenta o atual presidente, Daniel Noboa, em uma disputa acirrada, com pesquisas indicando empate técnico. González, uma advogada carismática e disciplinada, busca restaurar políticas sociais associadas a reduções históricas da pobreza, enquanto Noboa representa continuidade sob uma agenda de direita.
González, uma mãe solo de origem humilde, construiu sua trajetória com base em mérito acadêmico e conexão com causas populares. Seu estilo combina firmeza nos debates e proximidade com o eleitorado, embora críticos questionem sua independência política. Ela propõe combater desigualdade e violência, temas urgentes em um país com altas taxas de homicídio, mas enfrenta resistência devido a associações com governos passados.
A eleição reflete a divisão entre dois projetos: um focado em justiça social e outro em estabilidade econômica. González enfatiza esperança e mudança, enquanto Noboa apela à segurança e tradição. O resultado definirá não apenas o rumo do Equador, mas também o peso da esquerda na região, em um contexto de crescente insegurança e crise econômica.