O secretário de Estado americano, Marco Rubio, indicou nesta sexta-feira (18) que os Estados Unidos podem abandonar as negociações para encerrar a guerra na Ucrânia caso não haja progressos em breve. A declaração ocorreu após novos ataques russos em Kharkiv e Sumy, que deixaram mortos e feridos, e coincidiu com o fim da pausa de 30 dias nos bombardeios a instalações energéticas ucranianas, decretada anteriormente pelo governo russo. Autoridades americanas, europeias e ucranianas se reuniram em Paris para alinhar uma posição comum, mas Rubio demonstrou impaciência, sugerindo que Washington tem “outras prioridades” e não pretende prolongar indefinidamente o diálogo.
Enquanto isso, as tensões persistem devido às recentes aproximações inesperadas entre o governo americano e a Rússia, gerando preocupações em Kiev sobre o possível enfraquecimento do apoio militar ocidental. Os europeus, liderados pela França, discutem a criação de um contingente de paz para atuar na Ucrânia após um eventual cessar-fogo, uma proposta que divide os aliados e é rejeitada por Moscou. O chefe da diplomacia francesa destacou que uma paz duradoura exigirá o compromisso de todas as partes, incluindo os europeus, mas as negociações até agora não avançaram significativamente.
Paralelamente, os ataques russos continuam a atingir cidades ucranianas, com vítimas civis em Kharkiv e Sumy. Enquanto a violência persiste, Estados Unidos e Ucrânia avançam em um acordo para exploração de recursos naturais estratégicos, com previsão de conclusão das negociações até o final de abril. O primeiro-ministro ucraniano viajará a Washington na próxima semana para discutir os termos, em um movimento que busca fortalecer a cooperação bilateral, mesmo diante das incertezas diplomáticas.