A Secretaria de Patrimônio da União (SPU) decidiu proibir a demolição de moradias na favela do Moinho, em São Paulo, até que todas as famílias sejam devidamente reassentadas. A medida contrapõe o plano do governo estadual, que prevê a realocação de cerca de 800 famílias para apartamentos com financiamento subsidiado pela CDHU. A SPU destacou a necessidade de garantir moradia gratuita para os mais vulneráveis e sugeriu aumento nos valores de financiamento para famílias maiores, enquanto o terreno federal pode ser transformado em um parque.
De acordo com a CDHU, aproximadamente 90% dos moradores aceitaram voluntariamente o reassentamento, que inclui cartas de crédito de R$ 250 mil para aquisição de imóveis na região central. No entanto, lideranças comunitárias alertam para possíveis pressões sobre as famílias. O governo estadual também oferece auxílio-aluguel de R$ 800, parcialmente custeado pela prefeitura, mas a SPU pediu aumentos nesses valores, especialmente para famílias maiores.
A regularização da favela do Moinho não está em discussão devido aos riscos associados à sua localização. Enquanto isso, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação de São Paulo afirma estar cumprindo a legislação estadual e assumindo parte dos custos para famílias de baixa renda. O impasse continua, com autoridades federais e estaduais buscando soluções para o reassentamento dos moradores.