Nas últimas décadas, a saúde deixou de ser tratada como um cuidado secundário para se tornar uma prioridade estratégica, impulsionada por mudanças culturais e investimentos crescentes. Dados da IHRSA e da McKinsey & Company mostram que o mercado global de academias movimentou US$ 96,7 bilhões em 2019, com projeção de atingir US$ 125,23 bilhões até 2030, enquanto o setor de bem-estar já vale US$ 1,8 trilhão. No Brasil, o cenário é similar, com o país ocupando o segundo lugar em número de academias, atrás apenas dos EUA, e mais de 650 mil profissionais de Educação Física registrados, segundo o CONFEF.
A revolução no setor é liderada pelas gerações mais jovens, que priorizam suplementos, wearables e qualidade de sono, refletindo uma busca por longevidade e prevenção. O Global Wellness Institute estima que a economia do bem-estar atingiu US$ 6,3 trilhões em 2023, equivalente a 6% do PIB mundial. Além disso, a OMS destaca que investimentos em prevenção podem evitar milhões de mortes até 2030, com um retorno econômico de até US$ 7 para cada dólar aplicado. Tendências como saúde em casa, biomonitoramento e envelhecimento saudável ganham força, impulsionadas pela tecnologia e pela conscientização.
O impacto vai além do indivíduo, influenciando também o setor corporativo e as políticas públicas. Programas de bem-estar no trabalho geram retornos significativos, reduzindo custos médicos e absenteísmo, conforme estudos publicados na Health Affairs e no American Journal of Managed Care. Com a valorização dos profissionais de saúde e do movimento, fica claro que cuidar da saúde não é um privilégio, mas uma decisão inteligente e baseada em ciência — uma tendência que veio para ficar.