O São Paulo encerrou 2024 com um déficit de R$ 287 milhões e uma dívida que subiu para R$ 968 milhões, segundo o balanço apresentado ao Conselho Deliberativo. Apesar dos números preocupantes, o presidente Julio Casares expressou otimismo nas redes sociais, destacando que o clube tem R$ 2,026 bilhões em recebíveis garantidos até 2030, sem incluir outras fontes de renda como vendas de jogadores, patrocínios e bilheterias. Ele afirmou que a gestão está no caminho certo para entregar uma situação financeira inédita e estável aos futuros dirigentes em 2027.
Entre os principais desafios do ano estão a queda nas receitas com transferências de jogadores, que ficaram em R$ 89 milhões — bem abaixo da meta de R$ 170 milhões. Lesões de atletas como Pablo Maia e Rodrigo Nestor, que estavam cotados para grandes vendas, impactaram os planos do clube. Além disso, despesas não previstas, como investimentos na base, multas tributárias e juros bancários, somaram mais de R$ 200 milhões, pressionando ainda mais o caixa.
Apesar dos obstáculos, a diretoria mantém a confiança em um cenário positivo, reforçando que os R$ 2 bilhões já garantidos até 2030 são apenas parte de uma estratégia mais ampla. O clube também aposta em patrocínios, formação de jovens talentos e outras receitas para equilibrar as contas no longo prazo. Enquanto os números atuais revelam dificuldades, a administração insiste que o São Paulo está construindo as bases para um futuro financeiro mais sólido.